sábado, 12 de setembro de 2015

Mestre e Jogadores.

Quem é quem no RPG.

A uns anos atrás tinha um comercial, se não me engano da Pepsi, que uma família tinha doze filhos que queriam ser jogadores de futebol, mas o menor queria ser juiz. Isso até uma lata de Pepsi, que ia cair em cima da mãe dele e ele chuta-lá... ou algo assim. Não lembro bem mas não imagino por que chutar a lata da marca fez do garotinho que queria ser juiz um grande jogador. O que me faz pensar que era um estimulo a comprarmos o refrigerante e chutar as latas até nos tornarmos habilidosos o bastante para receber salários milionários em algum time europeu. 

Enfim.

O que eu quis dizer com a pequena história acima é que, ara que haja um jogo, são necessários duas peças importantes: Juiz e Jogadores. E no RPG não é diferente. Por aqui vou especificar os papeis de cada um no jogo e, no próximo post, disponibilizar um pequeno quiz que você poderão responder para saber que tipo de personagem jogador se encaixa mais com você!

E aqui Pagemaster... Por que sim. 

E vamos começar com...

...o Jogador.

Interprete com (sem) moderação.

O jogador nada mais é que o aventureiro, ou seja, o herói (ou vilão, por que não?!) da partida.

Pode parecer simples... e é mesmo. Ser um jogador é controlar um aventureiro durante a partida, seus pensamentos, palavras e ações o que faz do jogador o responsável por tudo o que o personagem fizer e arcar com as consequências das ações do mesmo. Então se você jogador decidir saltar de um penhasco você pode, mas tem que considerar que seu personagem possa (e provavelmente vai) morrer!

"Ai mas ai parece chato, se vai acontecer o mesmo que no mundo real, por que vou jogar esse negócio?"

Bom, antes se jogar de um penhasco num mundo ficcional do que no real não? Mas o caso é que o RPG tem que seguir algumas "regras de existência". Mesmo que vocês jogadores estejam numa partida com magias, dragões e deuses monstros com cara de polvo, o ideal, é que haja algumas coisas do nosso mundo para que vocês criem identificação com o cenário. Outro motivo é a necessidade de limitações, mas vou falar delas já, já.

Personagens jogadores podem ser qualquer um, de qualquer raça, classe... dependendo do cenário é claro. Veja se você e seus amigos vão jogar uma partida de AD&D (Advanced Dungeons & Dragons, que é um cenário medieval), não faz sentido você querer jogar com um cyborgue da vigésima guerra mundial do século XXXII não é?

"Po mas ai você só disse o que não pode fazer... que sem graça!"

Claro que não. Pense bem nisso caro leitor eu estou dizendo apenas o que você não pode fazer por que, na prática, todo o resto vale! Sim como o exemplo acima (de se jogar do penhasco) vocês podem fazer com que seu personagem seja um grande herói, pirata, paladino, pistoleiro, samurai, power ranger, kaiju, vendedor de pipoca e etc. Seja como for o jogador pode realmente jogar como quiser em um mundo aberto. Dando um exemplo prático vou falar de Until Dawn, novo jogo exclusivo do PS4 (que raiva!).

Em Until Dawn você encarna, se bem me lembro, oito (OITO!!!) personagens ao longo da história. Cada um deles com sua história própria e objetivos que devem sobreviver até a manhã. O jogo é, na minha opinião, revolucionário por que tem um sistema de escolhas que pode salvar ou condenar os personagens. Sabe aqueles filmes de "um bando de adolescentes que vai para o meio do NADA" e são assassinados um a um normalmente de formas imbecis? Pois é, aqui você tem a chance de salvar todo mundo fazendo as escolhas certas... ou não, também é possível matar todos.

A propósito, o paragrafo acima contém spoilers sobre o jogo.

Ou seja, ao jogador cabe a tarefa de usar seu personagem da maneira que quiser, mas aceitando que assim como no nosso querido mundinho real, escolhas tem consequências e que é trabalho do mestre dizer quais são elas. E falando nisso, falemos...

...do Mestre.

Dados, papéis e um mundo nas mãos.

Lembram da história lá em cima sobre o juiz de futebol? Pois é. O mestre de RPG é como um juiz de futebol.

Eu ouvi um "Vixi""?

Bom ser mestre em uma partida ou campanha de RPG é bom de muitas formas mesmo que trabalhoso. Cabe ao mestre equilibrar o jogo e deixá-lo interessante aos jogadores, tendo vantagens e desvantagens diferentes dos jogadores.

Veja, enquanto o jogador deve controlar o seu personagem, o mestre é todo o resto! Sim, desde a pedra cheia de musgo do cenário onde o herói bate o dedinho do pé até o dragão vermelho pouco feliz com a invasão a sua casa pelos aventureiros.

A ele cabe ajudar a equipe a não extrapolar as regras, distribuir o XP (pontos de experiência ganhos na aventura), ser todos os NPC´s (personagens do jogo que não são os jogadores) e por vezes puxar a orelha. O mestre também, de preferencia, deve conhecer as regras de jogo. Calma, não estou dizendo que você deve decorar o livro inteiro de regras, mas deve conhece-las bem o bastante para evitar ter que olhar os livros o tempo todo.

É claro que como mestre também há o lado bom. O mestre não precisa seguir as regras a risca, ou seja, ela pode elaborar personagens ou situações que sejam mais complexas ou mais fáceis para os jogadores. Aqui entra a necessidade do mestre ser equilibrista e saber dosar o perigo que o grupo enfrentará assim como as vantagens que o grupo terá. Veja por esse angulo, se seu grupo for forte demais para a aventura proposta o jogo não terá graça por que não haverá desafio, se for fraco demais não haverá graça por que provavelmente vocês vão morrer.

Pois é.

Sei que parece estranho você querer jogar um jogo com desafios mas se assim não fosse qual a graça? Certo, concordo que jogar, por exemplo, God of War uma segunda vez com todos os upgrades é show, porém a questão de conquistar algo é menor.

Ou seja, ser mestre é padecer no paraíso. Contar uma grande história e vivenciar junto com os jogadores batalhas terríveis, grandes feitos e claro muito humor, não tem preço.

Por fim e resumidamente lembrem: cabe aos jogadores interpretar, ao mestre administrar e aos dois, principalmente, se divertir!

E por hoje é só, dúvidas, reclamações e opiniões, deixem um comentário.

Boa partida.


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